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amargo desabafo, uivo
sopro, peito obliterado
tétano, músculos fatigados
sentidos fins, estrangulados
arroubo solitário no desfeito
natimorto eco do desejo
porém, queixa mesmo
silêncio, não faço
pois, pudera, não há
como forçar compasso
tentar firmar esteios
sonhar feliz passo
quando desalinhos
despertam desatinos
carregam anseios
empilham torvelinhos
Dafran Macário
Boa Vista
março, 2010